São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996 |
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Cindy Crawford faz feio na estréia na tela
FERNANDA SCALZO
O filme não é ruim simplesmente porque Cindy não tem experiência no cinema ou porque é o primeiro longa-metragem do diretor Andrew Sipes. Hollywood está cheia de estreantes bem-sucedidos. Também o fato de "Atração Explosiva" usar a desgastada fórmula "policial protege moça ameaçada por assassinos cruéis" não explica este fiasco. Os "assassinos cruéis" são da velha KGB e nem todo o aparato tecnológico que usam consegue dar a eles alguma contemporaneidade. Kate, a personagem de Cindy, é uma advogada da vara de família e por que a KGB gasta tanta munição para tentar assassiná-la é coisa que o filme não se preocupa em explicar. O diretor Andrew Sipes está mais preocupado com o que considera cenas de ação e suspense: Cindy correndo, dirigindo a toda, se jogando no chão, distribuindo socos, atirando. Sempre maravilhosamente descabelada. Em meio à esperada cena de sexo, Cindy levanta e sai atirando. Não é brincadeira. William Baldwin, que interpreta o policial Max, faz o que nenhum ser humano seria capaz para estar à altura de sua protegida tão versátil. "Atração Explosiva" é previsível desde a primeira cena. A modelo faz papel dela mesma. Seu olhar diz sempre a mesma coisa: "Oi, sou Cindy Crawford". É o que o filme tem de melhor. Filme: Atração Explosiva Produção: EUA, 1995 Direção: Andrew Sipes Elenco: Cindy Crawford, William Baldwin, Steven Berkoff Estréia: hoje nos cines Liberty, Iguatemi 1, Ibirapuera 2 e circuito Texto Anterior: 'Assalto sobre Trilhos' desperdiça bons atores Próximo Texto: "Uma Janela para a Lua" enfoca a loucura Índice |
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