São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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FHC vê menos filmes do que Itamar Franco

Presidente assiste dois longas por mês no cinema de sua casa

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Fernando Henrique Cardoso foi o presidente que menos solicitou filmes às distribuidoras, nos últimos cinco anos.
Desde que assumiu o governo, há um ano, FHC e sua família assistiram a uma média de dois filmes (em rolo) por mês na sala de cinema do Palácio da Alvorada.
O recorde no pedido de filmes é do ex-presidente Itamar Franco, que também gostava de sessões em cinemas de shoppings centers. Durante sua gestão (1992-1994) ele pediu cerca de cinco fitas por mês.
Fernando Collor (presidente entre 1990 e 92) morava na Casa da Dinda, onde não havia projetores.
Nas últimas sessões no Alvorada, foram exibidos "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, e "Meu Querido Presidente", estrelado por Michael Douglas.
Esse filme conta a história de um presidente americano, viúvo, que se apaixona por uma lobista ambiental. A fita foi cedida a FHC antes de entrar em circuito comercial.
A UIP (United International Pictures) afirma ter fornecido 26 títulos para o presidente em 95. Em contrapartida, a distribuidora ABC disse que enviou 80 filmes, de janeiro de 93 a abril de 94, para Itamar. Collor optava por vídeos.
Ao contrário de Itamar -fã de Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger-, FHC tem especial apreço por filmes nacionais.
Ele assistiu a "O Quatrilho", de Fábio Barreto, e "Carlota Joaquina", de Carla Camurati.
Os filmes foram citados pelo presidente na entrevista coletiva dada na quarta-feira da semana passada. FHC elogiava a retomada de incentivos para a cultura.
"Eu próprio, quando posso, vejo os filmes. Já vi alguns bons filmes feitos agora pelo cinema nacional. Nós dobramos os recursos destinados à área cultural e vamos continuar nessa direção", afirmou.
Entre os títulos pedidos pelo presidente, constam "A Rede", com a atriz Sandra Bullock, e "Epidemia" com Dustin Hoffman. Também "Smoking" e "No Smoking", ambos do francês Alain Resnais, diretor de "Hiroshima Mon Amour".

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