São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996
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União já vendeu 24 empresas

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

As últimas privatizações no setor foram na quinta-feira passada, quando foram a leilão as participações estatais nas empresas Polipropileno e Koppol.
O programa de privatização no setor petroquímico é na verdade, em sua maioria, um programa de venda de participações minoritárias da Petroquisa em empresas do setor.
A estatal controlava duas das três centrais de matérias-primas (Copesul e PQU) e dividia o controle da Copene com a Norquisa, empresa formada pela associação dos principais consumidores da produção da central.
Nas chamadas empresas de segunda geração, o que ocorria, em geral, era um sistema tripartite, formado pela Petroquisa, um sócio privado nacional e um estrangeiro.
Além de restarem 11 casos em que a Petroquisa continua nas sociedades, 8 dos quais tendem a permanecer como estão, por vários motivos, a estatal manteve participações minoritárias nas 3 centrais.
Isso ocorreu, em parte pela resistência da Petrobrás em se afastar totalmente da petroquímica, em parte porque os acionistas privados queriam a permanência da estatal, que, ao menos por enquanto, detém o monopólio do fornecimento do principal insumo do setor, a nafta, da qual se faz o eteno.
A Petrobrás, que também detém o monopólio da produção de gás natural, fará 30% dos investimentos no pólo do Rio, onde o eteno será produzido a partir do gás.
As oito empresas que não terão as participações estatais vendidas, ao menos por enquanto, são: Alcoolquímica, Triunfo, Alclor, Cinal, FCC (Fábrica Carioca de Catalisadores), Metanor, Nitroclor e Petrocoque.
A Metanor teve sua exclusão pedida pelo próprio Ministério das Minas e Energia. Já a Nitroclor, teve seu processo de venda interrompido porque sua unidade produtora está arrendada.
O governo ainda espera vender a Deten e a CBP, que já foram levadas a leilão mas não tiveram compradores. E a Polibrasil tem sua venda prevista até junho.
Para Estela Palombo, chefe do Departamento da Área de Desestatização do BNDES, as vendas não realizadas não significam que o programa foi malsucedido.
(FS)

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