São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996 |
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Vicentinho chama radicais de antidemocráticos
DA REPORTAGEM LOCAL O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, se reúne hoje com representantes do governo e deve fechar o acordo sobre a reforma da Previdência."Estou mais respaldado", disse Vicentinho, após reunião da direção da CUT, ontem. Leia trechos da entrevista: * Pergunta - Qual o significado da reunião da direção da CUT? Vicentinho - É uma reunião histórica. Mostra que a CUT não é uma central de tendências, mas sim de todos os trabalhadores. Foi uma reunião positiva, que mostrou maturidade por parte da CUT. Ela reforça a nossa posição, de negociação, inclusive de outras questões, como emprego, educação. Pergunta - O que achou da saída das correntes de esquerda da reunião? Vicentinho - Essa postura não constrói, é antidemocrática. Deveriam acatar a decisão da maioria. Pergunta - Por que a CUT não convoca uma plenária? Vicentinho - Preferimos ir direto às bases, aos sindicatos. Pergunta - Mas essas entidades serão apenas consultadas, não terão poder de decisão. Vicentinho - Não achamos que o debate seja necessário em plenárias. A direção estará reunida em caráter permanente e, quando decidir, convoca a plenária. Pergunta - Como está a relação entre CUT e PT agora? Vicentinho - Estamos cada vez mais juntos com o PT. O que teve de problema foi só a postura de um ou outro deputado, como Paulo Paim (PT-RS), que hoje está se reunindo com os cavernosos do movimento sindical. Mas ele já foi desautorizado pela direção do PT a falar em nome do partido. Pergunta - Dos pontos que a CUT quer negociar, quais o governo já aceita modificar? Vicentinho - Eu sei qual o governo não aceita flexibilizar, que é a aposentadoria especial para professores universitários. Nisso, o governo está intransigente. Texto Anterior: AS VOTAÇÕES DA CUT Próximo Texto: Euler atende CUT parcialmente Índice |
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