São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Pesquisa e reutilização barateiam a volta às aulas

DANIELA FERNANDES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os estudantes que ainda não compraram material escolar precisam levar em conta algumas dicas do Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) para evitar prejuízos.
"As pessoas devem, antes de tudo, fazer um balanço do que restou do ano anterior e verificar o que pode ser reaproveitado", diz Rosana Nelsen, supervisora da Área de Produtos do Procon.
Fazer uma cuidadosa pesquisa de preços também é fundamental. No caso de compras a prazo, o consumidor deve levar em conta as taxas de juros praticadas pelo estabelecimento comercial.
Reunir diversas pessoas e verificar nas lojas os descontos que podem ser dados para compras em grandes quantidades também pode ser opção interessante para o consumidor, de acordo com o Procon.
A tradutora Roberta Ferreira Leite, 30, optou por comprar sozinha em um atacadista o material escolar para sua sobrinha que cursa o segundo ano primário.
"A escola disse que a lista é básica para as próximas séries. Guardo o que sobrar e no ano que vem já tenho 50% da lista", diz.
Ela diz que pesquisou preços em algumas papelarias, inclusive naquelas que anunciavam promoções, e que achou mais vantajoso comprar lápis, canetas, réguas e cadernos no atacado.
"Vale a pena comprar maiores quantidades. Comprei 140 lápis pretos por R$ 4."
Os consumidores que não podem comprar todo o material de uma só vez devem se informar sobre a possibilidade de encomendar parte para o segundo semestre, podendo, assim, parcelar os gastos.
A escola não pode exigir que o aluno compre o material em seu estabelecimento, exceto no caso de apostilas da própria escola.
"Os colégios que condicionam a prestação de serviços ao fornecimento do material estão realizando uma venda casada, prática abusiva condenada pelo Código do Consumidor", diz Rosana.
Camelôs
O Procon orienta ainda as pessoas a evitarem comprar produtos de camelôs. Embora mais baratos, é mais difícil reclamar ou trocar o produto no caso de defeitos.
Materiais como colas, tintas, pincéis atômicos e fitas adesivas devem conter na embalagem informações básicas a respeito do fabricante, composição, prazo de validade e riscos de utilização.
Produtos importados devem conter todas essas especificações em língua portuguesa.
O consumidor deve exigir sempre a nota fiscal com os artigos discriminados, orienta ainda o Procon.
Até o final deste mês, o ano letivo terá começado para todos os estudantes. Hoje começam as aulas na rede municipal e na maior parte das escolas particulares.

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