São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Adeptos fazem encontro no Rio

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pacotes de viagem que variam entre US$ 930 e US$ 1.060 estão sendo vendidos aos naturistas estrangeiros convidados para o Brasilnat, o primeiro encontro internacional sediado na América do Sul de adeptos do nudismo, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 21 e 26 de março.
Um dos motivos da escolha da cidade, segundo o folheto da organização do evento, deve-se ao fato de "o Rio viver em um ritmo de metrópole, e as pessoas apresentarem um comportamento multicultural, o que significa que os cariocas têm mentes abertas".
À procura de divulgação do turismo naturista no Brasil, a Associação Naturista do Rio quer que o país ocupe o espaço deixado pela ex-Iugoslávia e por países da região dos Balcãs.
"Antes da guerra, a Bósnia e a Eslovênia eram o paraíso dos nudistas", disse Sérgio Oliveira, 60, militar da reserva e presidente da Rionat.
Pelo menos cinco praias de nudismo brasileiras são conhecidas em âmbito internacional: a de Tambaba (PB), Barra Seca (ES), do Pinho (SC), Praia Brava (RJ) e Trancoso (BA).
A programação do Brasilnat prevê passeios ao Corcovado e ao Pão de Açúcar.
"Estaremos vestidos, é claro", disse Oliveira.
Água de coco
O preço dos pacotes inclui hospedagem em hotel três estrelas no Leme, café da manhã, translados para o aeroporto e encontros em um sítio em Jacarepaguá.
O primeiro dia do encontro é chamado de "Dia de Atividades de Fraternidade", e o seguinte será o "Dia de Atividades de Consciência".
Um roteiro opcional de até quatro dias também é anunciado. Praias desertas são apresentadas como "donas de paisagens de visual inesquecível".
Sobre a de Tambaba, escreveram: "A única de nudismo do Nordeste, onde se bebe a melhor água de coco e se encontram incríveis artesanatos".
A do Pinho "está em uma região de imigrantes italianos e alemães, onde se poderá sentir a atmosfera européia".
A organização do encontro espera reunir pelo menos 500 participantes.
Os debates vão tratar da experiência em diversos países e da necessidade de difundir o código de ética.
"O mais importante é divulgar o turismo naturista no Brasil. São 70 milhões de pessoas, um grande filão a ser explorado", afirmou Oliveira.
(DP)

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