São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Helmman's volta a anunciar de olho em mercado de US$ 400 milhões

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quatro anos sem uma campanha unindo marketing e publicidade, a maionese Hellmann's volta à mídia atacando o apetite voraz do público jovem.
Sem revelar o valor da campanha, o gerente de produto da fabricante da marca, a Refinações de Milho Brasil, Benjamin Batchelder, diz que a empresa está investindo bem mais em publicidade neste ano.
O mercado de maionese movimenta cerca de US$ 400 milhões ao ano no Brasil. Com a estabilização econômica, o volume de vendas aumentou em 30%. A Refinações detém 46% do mercado de maioneses no país.
A campanha consiste de três filmes para televisão. O primeiro mostra dois ladrões invadindo a cozinha de uma casa na madrugada. Um deles vai à geladeira para preparar um lanche e descobre que não há maionese Hellmann's. Grita de raiva.
No segundo deles, a mãe volta para a cozinha para pegar a maionese para pôr na salada e descobre que a Hellmann's acabou. A reação é um grito. O marido, assustado, vai checar o que aconteceu e, ao descobrir o motivo do grito, berra também.
No terceiro, que começou a ser veiculado na semana passada, jovens brincam na montanha-russa e só se abalam quando um funcionário do parque de diversões entrega a outro um sanduíche sem Hellmann's. Gritos.
O grito é sempre: "Se faltar Hellmann's, grite!" -criado pela agência Young & Rubican.
A nova linguagem visa ao público alvo: jovens entre 15 e 25 anos. "Descobrimos com uma pesquisa qualitativa, que esse pessoal detona a geladeira e põe maionese em tudo", disse Batchelder.
A marca, fabricada no Brasil há mais de 30 anos, não abandonará, entretanto, seu público tradicional: a dona-de-casa. O público adolescente vai aumentar a demanda pelo produto.

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