São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Venda por catálogo exige moeda estável

Inflação alta inviabiliza o serviço

DA REPORTAGEM LOCAL

A estabilidade monetária trazida pelo Plano Real está sendo essencial para a existência dos serviços de entregas de compras de supermercados.
Num período de inflação elevada, como o que ocorria no país antes do Real, não seria possível vender por meio de catálogos.
Essa é a opinião de Adalberto Fischer, diretor da Premium Comércio de Alimentos, uma empresa que começou a operar em maio do ano passado, exclusivamente para entregar em casa as encomendas de importados, carnes e peixes, outros alimentos, produtos de higiene e limpeza etc.
No catálogo
Desde que começou a funcionar, a Premium já enviou mais de 16 mil catálogos com a listagem dos mais de 4.000 produtos que vende e nos últimos meses pode manter os preços dos produtos praticamente sem nenhuma alteração. Fischer espera poder continuar com essa regra mesmo com o início, neste mês, das vendas de frutas e verduras.
A In Haus também garante os preços do seu catálogo.
Já o Pão de Açúcar informa que os consumidores precisam checar se os preços não foram alterados, no momento do pedido. Em mais de 90% dos casos, são cobrados os preços do catálogo e eventuais variações são mínimas, garante o seu diretor, João Paulo Diniz.
A facilidade de receber as compras em casa e a estabilidade dos preços com o Real têm sido as razões mais citadas pelos consumidores como as vantagens desses serviços de "delivery".
Na grande maioria dos casos, quem está comprando por intermédio deles são donas de casa, que estão substituindo as compras grandes nos supermercados, feitas para abastecer a família períodos como um mês ou 15 dias.
Solteiros
São raros ainda os pedidos feitos por homens que moram sozinhos, informam as empresas. O que contraria uma tendência constatada em outros países, onde esses serviços já são mais antigos.

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