São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Perder vergonha é melhor solução

DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar a desagradável sensação de que todo mundo está olhando para você, ou de que ninguém vai falar com você, no primeiro dia de aula, o melhor é perder de cara a vergonha.
"Tem de chegar e ir conversando. A melhor coisa é fazer amizade logo", diz Alexandra Salvaterra Degrande, 14.
Alexandra, que é estudante da oitava série da Escola de Primeiro Grau Edmundo de Oliveira, diz que os antipáticos não têm vez em seu colégio. "A gente é muito unido e não gosta de dedo-duro", diz.
Os alunos da escola devem usar só a camiseta do uniforme, com calça jeans ou de moletom.
Camila Monteiro Scalabrim, 15, estudante do 2º colegial da Escola Ofélia Fonseca, diz que em seu colégio há várias tribos.
O melhor é se encaixar numa delas. "Tem a das patricinhas, dos largados, dos CDFs", diz.
O mesmo acontece no Colégio Oswald de Andrade. O aluno novo vai ter de optar. "Tem a tribo dos freaks e dos playboys. Uma não vai com o estilo da outra", diz Mariângela Souza Ribeiro, 15, do segundo colegial. "Mas a maioria do colégio é de freaks mesmo."
Entender as gírias também é importante: "só lamento" serve para designar aquelas pessoas que vivem se queixando de tudo. "Colocar na Sibéria" é uma maneira, quase em código, de dizer que a pessoa vai ficar isolada.

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