São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
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Ernesto Samper nega participação do governo na morte de Montoya

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Colômbia Ernesto Samper negou a participação do governo na morte de Elizabeth Montoya de Sarria.
Assassinada na quinta-feira Montoya era uma das principais testemunhas da investigação do ingresso de dinheiro do tráfico na campanha presidencial.
Segundo Santiago Medina, tesoureiro da campanha de Samper, ela teria recolhido contribuições e doado grandes somas, entregues diretamente ao candidato.
O tesoureiro disse que ela era amiga pessoal de Samper. Segundo Medina, Montoya teria pagado para ele uma viagem pela Europa logo após a sua eleição, em 1994.
Ele acrescentou que Montoya traria US$ 500 mil de brasileiros para a campanha. Existem cópias de cheques cuja soma equivale a US$ 100 mil que Montoya e o marido teriam doado para Samper.
O Congresso colombiano começa esta semana novo debate sobre o suposto ingresso de dinheiro do narcotráfico na campanha.
Previsto para terminar em 15 de fevereiro, a reabertura do caso foi solicitada pelo próprio Samper.
A primeira investigação concluiu que não havia motivo para prosseguir com o julgamento por falta de provas.
O ex-candidato presidencial Andres Pastrana, acredita que o Congresso está contaminado pela corrupção e por isso não tem a confiança do país para julgar Samper.
O presidente descartou a possibilidade de renunciar, em entrevista ao jornal argentino "Clarín".
Uma pesquisa publicada ontem pelo jornal "El Espectador", mostra que 37% dos colombianos estão saturados com as notícias sobre o "narcoescândalo", 29% se declaram indiferentes e apenas 31% continuam interessados.

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