São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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Supervisor admite falha; Luizão tem chance

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS

O supervisor da seleção pré-olímpica brasileira, Américo Faria, admitiu ter falhado ao não perguntar à Fifa, no ano passado, se o Torneio Pré-Olímpico é reconhecido como competição oficial.
"Se você considerar que os jogos podem não ser oficiais, eu admito que falhei", afirmou Faria.
Ele só enviou fax à Fifa na sexta-feira passada. Espera resposta para esta semana.
Se o Pré-Olímpico tiver as partidas reconhecidas como oficiais, Caio e Arílson vão disputá-lo -os clubes são obrigados a ceder os atletas para todos jogos oficiais.
Juninho e Roberto Carlos poderão disputar o Pré, integralmente, porque ainda não foram convocados para amistoso neste ano.
O Brasil estréia dia 18 no Pré-Olímpico, contra o Peru, na cidade argentina de Tandil.
Se Caio ficar fora, deve ser chamado Luizão, apesar de Zagallo ter restrições. Segundo o técnico, Luizão teria alegado falsa contusão para não disputar o Campeonato Sul-Americano de Juniores, em 95. No lugar de Arílson, pode ser chamado Amoroso.
O presidente da Fifa, João Havelange, e o secretário-geral da entidade, Joseph Blatter, estão no Brasil. Diplomaticamente, Blatter pode anunciar hoje parecer favorável ao Brasil (Pré oficial).
Hoje eles participam, no Rio, do lançamento do Instituto de Assistência ao Futebol Brasileiro, com o qual a CBF pretende dar assistência social a jogadores.
Em Teresópolis, a equipe assistirá a palestras do engenheiro Evandro Mota sobre "qualidade total no esporte".
O gramado de treino da seleção, em Teresópolis, é novo. Foi plantado com sementes da empresa que fornece para o Rose Bowl, nos EUA, estádio onde o Brasil conquistou a Copa de 94.
(MM)

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