São Paulo, quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996
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Governo cria agência para o setor elétrico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) anunciou ontem a criação, nos próximos meses, da Anel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Ela será o órgão regulador e fiscalizador do setor elétrico, em substituição ao atual DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica).
Conforme o ministro, a Anel é decorrência natural do novo perfil energético do país, que surge a partir da entrada da iniciativa privada na construção de usinas hidrelétricas e na geração comercial de energia.
A grande novidade da nova instituição estatal, segundo o ministro, será a atuação conjunta com o setor privado.
"Diferentes tarefas deverão ser executadas pela iniciativa privada, como serviços de consultoria e assessoria", disse.
O projeto de criação da Anel foi encaminhado pelo ministro ao Palácio do Planalto, para avaliação do presidente Fernando Henrique Cardoso, na última semana.
A Folha apurou que a Anel deverá ter quadro funcional e plano de carreira próprios, salários melhores do que os atuais do setor elétrico federal e também uma diretoria com mandato fixo.
O objetivo é deixar o órgão totalmente desvinculado de pressões políticas.
Gasoduto
Brito defendeu a construção do gasoduto entre a Bolívia (Santa Cruz de La Sierra) e o Brasil (Campinas).
O gasoduto, com orçamento inicial de R$ 1,8 bilhão, seria caro e desnecessário segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás. "O presidente da associação não representa o pensamento da engenharia da Petrobrás", disse Brito.

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