São Paulo, quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996
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Cubano come nos 'palladares'

LAURA MATTOS; ERIKA SALLUM
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE CUBA

Fuja dos caros restaurantes de hotéis e conheça o tempero cubano nos "paladares".
Inspirados na personagem de Regina Duarte na novela "Vale Tudo", os cubanos, para driblar a crise, transformam a garagem de suas casas em restaurantes.
Pode-se saborear a típica comida "criolla", como arroz "moro" (misturado com feijão-preto), carne de porco e banana frita.
Existem "paladares" em quase todas as ruas do centro de Havana. Um prato para duas pessoas custa cerca US$ 5. As qualidades da comida e das instalações variam muito. Vale a pena pesquisar.
Fora os "paladares" e alguns restaurantes do centro, como a famosa Bodeguita del Medio, o jeito é comer nos hotéis.
O cardápio não é variado. Uma refeição para duas pessoas no hotel Nacional sai por US$ 60. E você pode sair com fome.
Há dicas importantes para quem se hospedar em casas. Cada cubano possui a sua "livreta" -caderneta para a compra dos produtos subsidiados. A quantidade de comida que pode ser comprada é limitada e não será suficiente para que você possa comer na casa.
Os supermercados podem ser uma saída. Mas não se assuste com os preços, em média 40% mais caros do que no Brasil.
Noite
A noite de Havana tem muitas opções para o turista. Além dos famosos shows musicais de salsa e mambo, o lado cultural da cidade é efervescente.
Se dinheiro não for problema, vá à tradicional casa de shows Tropicana, com ingressos que variam de US$ 30 a US$ 60.
Há ainda apresentações de salsa nas boates dos melhores hotéis, como o Riviera e o Habana Libre. Custam, em média, US$ 10.
Na avenida 23 (centro) existem muitas boates onde, por US$ 0,80, você pode aprender a dançar o verdadeiro ritmo caribenho.
Para completar a noite, peça um "mojito", bebida típica feita com rum, açúcar e hortelã, parecida com a caipirinha. Uma delícia!
(LM e ES)

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