São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Débito contratual cai 8,18% entre 95 e 96

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As dívidas contratuais dos Estados e municípios -feitas basicamente para obras de habitação e saneamento, assim como empréstimos para pagamento da folha salarial-, foram reduzidas de R$ 965,3 milhões (em janeiro de 1995) para R$ 886,9 milhões (em janeiro de 1996).
Os números, divulgados ontem pelo Banco Central, indicam uma queda de 8,18% nessas dívidas (não estão computadas as dívidas com a emissão de títulos públicos).
Só os pedidos para contratações de ARO (Antecipação de Receita Orçamentária, com prazo de até 12 meses para pagamento) em janeiro deste ano foram de R$ 802,6 milhões, apresentando um decréscimo de 1,5% com relação ao mesmo período do ano passado -R$ 814,9 milhões.
A redução é um reflexo das pressões da equipe econômica para que Estados e municípios ajustem as suas contas e das limitações para as contratações de ARO.
Mesmo assim, o número de operações de ARO pulou de R$ 172,2 milhões em dezembro de 1995 para os R$ 802,6 milhões de janeiro -um crescimento de 365,84%.
Isso porque os empréstimos contratados por ARO devem ser quitados no mesmo ano e a maior parte dos R$ 802,5 milhões é referente à renegociação das dívidas sem empréstimos novos.
Ou seja, os Estados têm um estoque de dívida e somente contrataram estes valores com novos prazos e condições, como um cheque especial, por exemplo.
Os bancos privados não estão se mostrando receptivos a transformar as operações de ARO em dívidas de mais longo prazo, segundo o chefe-adjunto do Departamento da Dívida Pública do Banco Central, Ari Pereira da Cruz.
As medidas do governo, neste caso, não surtiram efeito. O objetivo da equipe econômica é transformar as AROs em dívidas com prazos mais longos para reduzir gradativamente o endividamento dos Estados e municípios.

Texto Anterior: Pertence critica governadores
Próximo Texto: Bozano ganhará mesmo sem sanear Banerj
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.