São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
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'Campanha popular' defende reeleição
MARTA SALOMON
"Vão pensar que é medida provisória, mas é movimento popular", adiantou o presidente da Radiobrás (agência oficial de notícias), Maurílio Ferreira Lima, um dos líderes do movimento. O primeiro ato público da campanha deverá acontecer no Rio de Janeiro, logo depois do Carnaval. O momento coincide com o início previsto do debate da emenda da reeleição numa comissão especial da Câmara dos Deputados. Detalhes desse primeiro ato estão sendo negociados por integrantes da cúpula do PSDB (o partido do presidente) com o também tucano e secretário de Indústria e Comércio do Rio de Janeiro, Ronaldo Cézar Coelho. A defesa da reeleição será feita num roteiro de viagens em todo o país e deverá ser encampada pelos candidatos do PSDB às eleições municipais de outubro. "A idéia é colocar a reeleição nas ruas e na boca do povo", afirmou Maurílio, obstinado pela proposta de garantir a possibilidade de um segundo mandato a FHC na eleição de 1998. Segundo ele, o financiamento do MPFHC deverá ser feito por "amigos". A campanha tratará de associar a reeleição do presidente à manutenção do Plano Real. Como a emenda da reeleição precisará dos votos de três quintos dos deputados (308) e senadores (49), seus principais defensores decidiram buscar apoio popular. Os articuladores da reeleição ainda não estão certos sobre o melhor momento de votar a emenda no Congresso Nacional. "O clima já está melhor do que no ano passado, mas ainda não é o ideal", avaliou do deputado Mendonça Filho (PFL-PE), autor da emenda que propõe o fim da proibição à reeleição de presidente, governadores e prefeitos. Ele também participará do MPFHC. A simpatia da opinião pública à tese da reeleição foi confirmada no fim do ano passado por uma pesquisa entregue a FHC por Antônio Lavareda, que assessorou a campanha de 1994. Texto Anterior: Liminar em SC readmite 17 Próximo Texto: Motta defende votação neste ano Índice |
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