São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
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Motta defende votação neste ano

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse ontem que a emenda constitucional que permite a reeleição do presidente da República deve ser aprovada neste ano.
"O tema ficou inconcluso na Constituinte, e o Congresso sabe disso. Votar a reeleição mais para a frente vai virar casuísmo. A prorrogação do mandato também me parece casuísmo e, hoje, até inconstitucional."
Motta disse que, nas eleições municipais, vai "percorrer o Brasil, falar aos veículos de comunicação e aparecer com os candidatos".
Ele reagiu às críticas à participação de ministros em palanques. "Quero saber se o Marco Maciel não vai apoiar o Roberto Magalhães (PFL) em Recife", disse Motta.
O ministro também afirmou que não é candidato a prefeito de São Paulo.
"Fiquei extremamente gratificado pela lembrança dos amigos, especialmente o Mário Covas. Seria um prazer governar São Paulo. Agora, olhando a vista hoje do avião, essa inspiração só o Rio proporciona", brincou.
Motta fez outros elogios ao Rio. Segundo ele, o progresso de São Paulo ocorre "à luz da luminosidade do Rio".
Motta afirmou que pretende continuar à frente do Ministério das Comunicações, "que tem R$ 40 bilhões para gastar em quatro anos".
"Não dependo do Malan (Pedro Malan, ministro da Fazenda) nem do Serra (José Serra, Planejamento). Tenho autonomia econômico-financeira e por isso estou sempre de bom humor", disse Motta.
Ele afirmou que vai trabalhar pela manutenção da aliança entre PSDB e PFL nas eleições de 96 onde for possível e defendeu uma coligação entre o PSDB do governador Marcello Alencar e o PFL do prefeito César Maia.

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