São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
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Governo apura aumentos de 200%
LUCIA MARTINS
Uma lista com cerca de 200 denúncias (veja quadro com as campeãs nesta página), obtida pela Folha, foi encaminhada anteontem à Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento), que desde a semana passada também trabalha na fiscalização de escolas. Compiladas pela inspetoria, essas denúncias são consideradas pelo órgão como as "mais coerentes" e que merecem ser apuradas, isto é, há grandes chances de os aumentos serem abusivos. As escolas negam abuso nos aumentos e afirmam que eles estão explicados em suas planilhas de custos -como exige a MP (medida provisória) das mensalidades. A MP não fixa regras de cálculo das mensalidades, mas afirma que as escolas têm que justificar seus aumentos, que só podem acontecer se elevarem a qualidade do ensino. "Um bom parâmetro para ver se o aumento é abusivo é comparar o valor da mensalidade com o praticado pelo mercado", diz Paulo Cremonesi, chefe da inspetoria. As 200 denúncias se referem a cerca de 30 escolas e faculdades. A maioria é denunciada como tendo aumentado mais de 50%. Para Mauro Bueno, presidente da Associação Intermunicipal de Pais de Alunos, um aumento acima de 25% pode ser chamado de "roubo". Cremonesi, no entanto, diz que até 50% a elevação da mensalidade pode ser justificada, mas a partir dos 100% começa a gerar desconfiança. Texto Anterior: Ex-advogado de Collor vai defender família; O NÚMERO; Região de Rio Preto tem mais 11 casos de dengue; Sem-teto ocupam Câmara na Grande SP; QUINA Próximo Texto: Reajuste é legal, dizem escolas Índice |
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