São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
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Pelé critica opção de mostrar 'coisas ruins'
AZIZ FILHO
Segundo ele, o secretário de Indústria, Comércio e Turismo do Rio, Ronaldo Cezar Coelho, que iniciou os ataques a Jackson, "está certíssimo em sua campanha". "Daqui para frente temos que nos unir para mudar essa cara do Brasil ruim. Chegou o momento de mostrarmos as coisas boas do Brasil. Não temos que nos sujeitar a mostrar somente as coisas ruins", disse Pelé. "Por que o Michael não vem aqui e filma as praias, que são maravilhosas, o Pão de Açúcar? Por que não filma as praias da Bahia ou vai à Amazônia e mostra suas riquezas? No meu entender, deve haver muito cuidado com isso." O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, definiu a polêmica como "discussão sobre o sexo dos anjos". Segundo ele, os fatos vão "dar samba para o Rio, levar a discussão do Rio para o mundo". "Não se deve esconder a realidade do Rio. É a realidade social do país. Mas sua beleza também não deve ser escondida", disse. Segundo Motta, os problemas do Rio são encontrados em toda cidade grande. "Tem que ser mostrada a imagem do Rio que é real. Nova York é muito mais perigosa. A Ruth Escobar acaba de ser esfaqueada em Paris", disse. O governador afirmou que vai dar proteção policial a Michael Jackson na favela Dona Marta, onde deverão ser feitas as gravações. Na última segunda, ele afirmara que se a Justiça permitisse a gravação a proteção seria dispensada. Para Ronaldo Cezar Coelho, a gravação pode inviabilizar a candidatura da cidade para as Olimpíadas de 2004. "Seul não era nada antes das Olimpíadas e agora recebe 11 milhões de turistas por ano. Vamos perder isso porque a cidade vai ficar estigmatizada como sendo um antro de violência", disse. Texto Anterior: Acesso ao Pelourinho é fechado para gravações Próximo Texto: Homem mata 2 e fere 1 em bar de SP Índice |
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