São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
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Título da dívida bate recorde e Bolsa sobe
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Mas os estrangeiros entraram, comprando ações. E a Bolsa paulista fechou com alta de 0,75%. Os investidores locais imaginavam que a crise da comissão poderia interromper o fluxo de dólares. Estavam enganados. A sétima cavalaria chegou e a Bolsa paulista movimentou R$ 373,073 milhões. A decisão do presidente da Câmara mostrou, segundo os analistas, que é a reforma passará, no plenário. Mera questão de tempo. Os estrangeiros que entram na Bolsa trabalham com um horizonte maior que o de dois dias. Hoje será um dia decisivo. É que na opção (compra ou venda antecipada de ações por preços predeterminados) de R$ 56,00 da Telebrás existem apostas descobertas (o investidor não tem a ação para entregar). Se o preço bater lá, tem "vendido" (que aposta na baixa) que terá de sair comprando. No caso dos títulos da dívida, a alta começou pelos papéis argentinos -já que o presidente Menem conseguiu carta branca para as reformas. Depois, contagiou o restante dos papéis latinos -especialmente os brasileiros. O IDU fechou cotado a US$ 0,9013 e o C-Bond, a US$ 0,6788. Valorização de 0,42% e de 1,12%, respectivamente, o que não é pouco. O juro diário do over, considerado consensualmente alto, está na casa dos 0,12%. Ontem, o BC (Banco Central) voltou a tomar recursos no over. Mas atuou só às 11h e pela taxa de 3,60% -ele vinha atuando a 3,61%. A diferença serviu para que o mercado descartasse a hipótese, que circulava desde terça, de um leilão informal de títulos para puxar os juros. Seria mesmo uma asneira. O Brasil já está recebendo um caminhão de dólares (ontem o BC teve que voltar a comprar). Tanto que o BC criou ontem novas barreiras para reduzir o ingresso. Além disso, março tem mais dias úteis do que fevereiro. O calendário e as circunstâncias apontam para taxas mais baixas. Texto Anterior: Servidores lideram fraudes contra FGTS Próximo Texto: Sucessão no Bradesco perde candidato Índice |
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