São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
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Fox patrocina noite de efeitos

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

James Cameron é um caso de diretor formado por Roger Corman cujos grandes sucessos aconteceram em produções caríssimas e cheias de efeitos, como "O Segredo do Abismo" (Fox, 21h) e "O Exterminador do Futuro 2" (Fox, 0h).
Corman é um famoso pão-duro. Não apenas nas suas produções, mas também na vida pessoa. Quando se comentou com ele sobre os enormes orçamentos dos filmes de Cameron, ele saiu mais que depressa em defesa do pupilo.
Para ele, o importante não é quanto se gasta, mas que o espectador veja na tela o dinheiro gasto.
Incontestável. O dinheiro está na tela. James Cameron sabe ser suntuoso até ao mostrar um abismo submarino.
No primeiro filme, a questão é um pouco entrar ou não nele (bem subjetiva, portanto). No segundo (de 91), existe a comparação incômoda com o primeiro "Exterminador" (84).
"O Exterminador 2" retoma os conflitos do primeiro, em linhas gerais (tentativa do futuro de aniquilar o salvador da humanidade). Mas agora o confronto é entre dois robôs, um do bem e um do mal.
O primeiro filme supunha uma aventura de natureza bíblica (o assassinato do messias) e a transpunha para um universo futurista. Era uma ficção elaborada e, na época, Arnold Schwarzenegger fazia o robô que vinha do futuro com intenções sinistras.
Com o passar do tempo, decidiu-se que Arnold não podia mais fazer papel de vilão. Decidiu-se, também, que a saga do "Exterminador" valia uma sequência.
Com isso, criou-se um robô do mal, ainda mais desenvolvido, que volta à Terra com as mesmas intenções. Arnold vira o robô meio obsoleto, mas com muito boa vontade, que o combate.
O assunto propicia a chuva de efeitos. Exemplares. Mas também há um quê de monotonia no embate de dois seres virtualmente indestrutíveis. Esse é um limite incontornável.
(IA)

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