São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Empresa diz que checagem no Brasil é mais severa
PAULO HENRIQUE BRAGA
"O DAC (Departamento de Aviação Civil) é muito mais exigente em relação a nós do que com as grandes companhias. Eles acham que nós não temos tradição", afirma Helius Araújo, diretor de operações da Skyjet. Segundo ele, a preocupação do DAC é natural. "É compreensível que haja mais rigor com as companhias menores e mais novas." A Skyjet opera com um avião DC-10, comprado da companhia alemã Lufthansa. A manutenção da aeronave é feita pela Varig. O tenente coronel Aloísio Marques da Cunha, do DAC, diz que os vôos charter têm que cumprir os mesmos requisitos de segurança exigidos das grandes companhias. "Mas empresas menores têm que ter uma lucratividade alta e reduzir custos", afirma. "Por isso são mais vulneráveis a não cumprirem os requisitos. Naturalmente, nossa atenção se volta para este aspecto", diz Cunha. Ele chefia a Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do DAC. Gustavo Cardoso de Paiva Coelho, vice-presidente comercial da Fly, cita avaliação da Associação Federal de Aviação dos EUA, segundo a qual a segurança dos aviões brasileiros é "ótima". Ele também avalia como rigorosas as inspeções feitas pelo DAC nos dois Boeings 727 da empresa. Segundo Coelho, a Fly possui uma equipe de manutenção própria. As aeronaves passam também por inspeções feitas por outra empresa e pelo DAC. "Tenho um custo de manutenção maior que o das grandes companhias aéreas." Texto Anterior: Queda de Boeing gera críticas aos vôos fretados Próximo Texto: Sérvios suspendem contatos com a Otan Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |