São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Depoimentos mostram desvio para campanha

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depoimentos prestados por políticos e empresários à Polícia Federal indicam que o ex-presidente do Banco Econômico Ângelo Calmon de Sá desviou recursos e bens da instituição para ajudar campanhas eleitorais de 1990.
Essa é uma das conclusões do inquérito sobre a pasta rosa do Banco Econômico -lista de doações a políticos- enviado anteontem ao Supremo Tribunal Federal.
Segundo o relatório da PF obtido pela Folha, o desvio dos recursos foi confirmado nos depoimentos de três políticos não eleitos -Oscar Correa Júnior, ex-candidato a governador de Minas Gerais, José Santos Pereira e Itaberaba Sulz Lyra, ambos ex-candidatos a deputado estadual na Bahia.
O relatório diz que eles confirmaram que o Econômico pagou às empresas que prestaram serviços a suas campanhas, o que teria sido ainda confirmado por empresários. Segundo o relatório, Calmon de Sá e seu ex-chefe de gabinete Antonio Ivo de Almeida confirmaram empréstimo de bens do banco.
O advogado dos indiciados, Márcio Thomaz Bastos, disse que o banqueiro não financiou as campanhas e se limitou a contratar empresas indicadas por políticos para prestação de serviços ao banco.

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