São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Ex-presidente sugere demissões no Banerj

DA SUCURSAL DO RIO

O Banerj pode funcionar sem problemas com menos 3.000 funcionários do que os cerca de 10 mil atuais, segundo o deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ), ex-presidente do banco.
Fortes disse que 1.000 funcionários estão cedidos a outros órgãos como o Judiciário e assessorias de parlamentares no interior do Estado. Outros 2.000 estariam lotados no escritório central por terem sido afastados das agências.
A presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Fernanda Carísio, disse que não são estes funcionários que o Bozano, Simonsen, que administra o Banerj, está demitindo. "O que eles estão fazendo é fechar agências e demitir".
A diretoria do Bozano não comenta o caso.
Carísio disse que há realmente funcionários do Banerj trabalhando fora do banco, "muitos inclusive trabalhando como assessores do governador Marcello Alencar".
Fortes disse que o fato de Marcello Alencar ter cancelado a privatização temporária do Banerj, que permitiria compras sem licitação, não vai atrapalhar.
Na diretoria do Bozano, Simonsen, a avaliação é que o cancelamento do decreto da privatização temporária prejudica, mas não impede o saneamento do banco.
O deputado federal do PSDB disse que além dos 1.000 funcionários cedidos a outros órgãos, os gerentes de agências colocaram em disponibilidade, por problemas na agência, outros 2.000 funcionários que mesmo lotados na sede do banco, não trabalham.
A Federação Nacional dos Bancários reuniu-se ontem à tarde no Rio para avaliar o contrato de gestão entre Banerj e Bozano, Simonsen, divulgado na quarta-feira pelo governador Marcello Alencar.
Mesmo sem querer entrar em detalhes, o secretário-geral da federação, Renato Lima, disse que um dos pontos que os bancários estão preocupados é com "sistema de remuneração do banco".
O Bozano, Simonsen pode ser remunerado até mesmo se o Banerj tiver déficit operacional, desde que seja menor do que o de dezembro de 1995.
A federação também vai responsabilizar judicialmente o BC (Banco Central), que ainda é, oficialmente, o responsável pelo Banerj.
O banco continua sob Raet (Regime de Administração Especial Temporária).

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