São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Petrobrás quer produzir 46,3% mais

DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobrás deverá atingir no final de 1997 uma produção de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia. Isso representará um crescimento de 46,3% sobre os 820 mil produzidos atualmente por dia.
A informação foi dada ontem pelo diretor Financeiro da empresa, Orlando Galvão, durante palestra sobre a estatal para membros do Ibef (Instituto Brasileiro dos Executivos Financeiros).
Galvão explicou que esse número de 1,2 milhão de barris será o pico de produção a ser atingido no final de 97. A média de 97 deverá ficar em 953 mil barris/dia.
Este ano, segundo Galvão, a produção da empresa estatal atingirá 900 mil barris/dia de pico. A média ficará em 870 mil barris/dia, contra 716 mil em 95.
Segundo Orlando Galvão, o salto na produção brasileira de petróleo será obtido, basicamente, graças ao crescimento da produção dos campos de Marlim, Albacora e Barracuda, todos em águas profundas da bacia de Campos (RJ).
Orlando Galvão disse ainda que no ano 2000 a produção de petróleo da Petrobrás alcançará 1,5 milhão de barris/dia, que representaria a auto-suficiência em relação ao consumo atual.
O diretor afirmou que o custo médio de produção do petróleo brasileiro está em US$ 14,30 por barris, enquanto o petróleo importado custou em média em 95 US$ 16,88 por barril, já incluídos frete e seguro.
Flexibilização
O diretor da Petrobrás afirmou que a concorrência que a empresa enfrentará a partir da regulamentação da emenda constitucional que flexibilizou o monopólio estatal do petróleo será "uma provocação positiva".
O governo pretende enviar o projeto com a nova lei neste semestre ao Congresso.
Pela análise de Galvão, a maioria dos empregados da estatal está "preparada para a modernização".
Segundo ele, a Petrobrás "é a 18ª maior empresa do mundo" e não terá problemas para enfrentar a concorrência.
Sobre o lucro de apenas R$ 40 milhões obtido nas atividades exclusivas da empresa (R$ 570 milhões ficaram com subsidiárias) no ano passado, Galvão disse que 95 foi "um ano atípico" e que as perspectivas para 96 são bem melhores.
Ele disse que os custos adicionais da empresa em decorrência da greve foram de R$ 400 milhões.

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