São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996 |
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O ano da eleição
NELSON DE SÁ
Ontem Fernando Henrique, que segue dizendo que não tem nada de desemprego, que os números apontam outra coisa, deixou claro que não pensa muito diferente de todos, neste ano de eleição. Foi manchete do TJ: - Fernando Henrique elege 96 como o ano da criação de empregos. O verbo, "elege", foi mais uma das ironias do telejornal de Boris Casoy. No total, vão ser mais de R$ 50 bilhões, todos "para gerar empregos". Da boca de Sergio Amaral, o porta-voz: - Este ano nós vamos ter condições de estimular o desenvolvimento e isso vai ser feito para gerar novas oportunidades para emprego. Por falar em eleição, ainda segundo o TJ, "vai ser lançado na quarta o Movimento Popular Fernando Henrique". Por acaso, "o lançamento coincide com o início do debate sobre a emenda de reeleição, numa comissão da Câmara dos Deputados". Por falar em eleição, como registrou a Globo, o candidato Sérgio Motta foi ao Rio para deixar mais de um bilhão (tudo neste governo envolve bilhões) com as telecomunicações e para deixar uma alta comenda das mesmas telecomunicações com Roberto Marinho. Tem que dar tudo Aliás, por falar em Roberto Marinho, Edir Macedo não sai da tela da Record. Ele foi ao Oriente, sempre acompanhado por Honorilton Gonçalves, aquele da pergunta sobre o "caixa dois", e gravou mensagens que estão sendo transmitidas agora sob o título geral de "Israel, nos Caminhos da Terra Santa". Uma das passagens de Edir Macedo, sobre o "dízimo", sobre a "oferta": - Tem que dar tudo -ou então não dê nada. Porque aquilo que nós estamos dando representa o Senhor Jesus. Amém, pessoal! Ele quer tudo, "a oferta tem que ser perfeita". Quem estiver interessado, a Record anuncia a distribuição de um "óleo" da terra santa, hoje e amanhã. Mas tem que dar tudo. Ou dá, ou desce. Texto Anterior: O ano da eleição Próximo Texto: BC deve processar acionistas do Nacional Índice |
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