São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Friedkin faz obra-prima ignorada

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

William Friedkin tem uma carreira estranha. Varia da grande aventura ("Operação França") ao vazio laborioso (o recente "Jade").
Vai do sucesso de "O Exorcista" ao fracasso de "Viver e Morrer em Los Angeles" (TNT, 22h), policial de 1985.
No entanto, desde o belo título "Viver e Morrer" merecia outro destino.
É uma aula assombrosa de cinema de ação e, talvez, o melhor filme de perseguição já feito. A diferença não está na técnica, na habilidade, e sim em uma postura documental.
A intriga não conta: envolve a busca de um alto criminoso. O que há para ver é a filmagem de um bar ou de uma rua: há vida e respiração em tudo.
"Viver e Morrer" é um espetáculo porque nele as coisas e a capacidade de observá-las vem antes (e depois) das normas. É o inverso do cinema dominante atual. Vale ver e comparar com, digamos, "Velocidade Máxima". Friedkin, sim, sabe correr.
(IA)

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