São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Autor concilia fazenda e escrita

JGC
DA REPORTAGEM LOCAL

Manoel de Barros é considerado um dos mais importantes poetas brasileiros em atividade. Sua poesia, extremamente pessoal, tem como ambiente predominante o Pantanal -não sua exuberância ecológica e turística, mas sim seus pequenos seres.
Alguns de seus motivos recorrentes são o caramujo, a pedra, a flor, o lagarto, os insetos.
Nascido em Cuiabá (MT) em 1916, filho de um capataz que se tornou fazendeiro, passou a infância e adolescência no Pantanal, mas mudou-se ainda jovem para o Rio, onde viveu até 1949.
Com a morte do pai, que lhe deixou terras como herança, voltou ao Pantanal para ser fazendeiro. Desde então concilia a atividade rural com a literatura.
Estreou em livro em 1937, com "Poemas Concebidos sem Pecado", na verdade uma pequena coleção de textos em prosa.
Entre suas obras mais importantes estão "Gramática Expositiva do Chão" (1969), "Arranjos para Assobio" (1982) e "O Guardador de Águas" (1989).
Sua poesia, repleta de locuções regionais e surpresas sintáticas, costuma ser associada à literatura de Guimarães Rosa e do heterônimo pessoano Alberto Caeiro.

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