São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Dívida da cidade cresceu 48%

DA REPORTAGEM LOCAL

A dívida da cidade de São Paulo aumentou 48,2% nos três primeiros anos da administração Paulo Maluf (PPB), segundo dados da Secretaria de Finanças.
Em valores atualizados, o débito passou de R$ 2,53 bilhões em dezembro de 92 -último mês da gestão Luiza Erundina (PT)- para R$ 3,75 bilhões em agosto do ano passado, último dado disponível.
O secretário Celso Pitta (Finanças) atribui o aumento da dívida à taxa de juros praticada pelo BC (Banco Central) e à emissão de R$ 540 milhões em títulos para pagamento de precatórios.
A emissão desses títulos foi solicitada pela ex-prefeita Luiza Erundina e autorizada pelo Senado com aval do Banco Central.
O secretário diz, porém, que estabelecida a relação dívida/arrecadação, o débito do município caiu.
Pelos dados do secretário, a dívida corresponde hoje a 86% da arrecadação. Em 92, o índice era de 123%. "O índice de 92 mostra que a arrecadação nem sequer cobria a dívida do município."
Segundo Pitta, a receita cresceu 111%. A arrecadação em 92 foi de R$ 2,06 bilhões contra R$ 4,35 bilhões em 95. O aumento se deve ao combate à sonegação e ao aumento da participação do município nos repasses de ICMS.
Pitta é um dos secretários de Maluf que pretende se candidatar a prefeito de São Paulo, se a reeleição não for aprovada neste ano.

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