São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Sindicato tenta valorizar preço em Bebedouro

SÍLVIA PEREIRA
DA FOLHA NORDESTE

O Sindicato Rural de Bebedouro encaminhou na última sexta-feira, à Secretaria da Receita Federal, pedido de revisão do valor da terra na região, fixado em R$ 14 mil/alqueire pela Secretaria da Agricultura.
Todos os anos, o órgão fixa um valor venal para as terras agrícolas em cada região, que servirá como base para cálculo do ITR (Imposto Territorial Rural).
Para o advogado do sindicato, Constantino Pisser Júnior, 49, o valor de R$ 14 mil é "irreal" e é maior do que o fixado para as terras de todo o Estado de São Paulo.
Segundo Pisser, levantamento realizado no último dia 6 pela Casa da Agricultura de Bebedouro -subordinada à própria Secretaria da Agricultura-, constatou que o valor de mercado do alqueire na região não passa de R$ 9.000.
O levantamento teria vindo acompanhado da observação de que os valores ainda estariam sujeitos à diminuição, devido à queda no volume de negócios registrada em toda a região.
Negócios
Corretores da região confirmam a queda de cerca de 50% no preço das terras e no volume de negócios em toda a região, devido à falta de investimentos no mercado de imóveis rurais.
Segundo o corretor Gil Molina, o preço do alqueire, que chegou a US$ 25 mil no ano retrasado, caiu para R$ 10 mil na região de Araraquara e Bebedouro, no último ano.
Para Molina, a queda dos preços reflete a baixa rentabilidade das culturas de cana e laranja de toda a região.
Em Taquaritinga -onde o valor venal do alqueire também foi fixado em cerca de R$ 14 mil- o preço da terra caiu de R$ 15 mil, no início do ano passado, para R$ 10 mil, em 96, segundo o Sindicato Rural da cidade.

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