São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Situação requer eficiência e baixos custos

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O pedido de concordata ou de falência está obrigando as franquias a buscarem maior eficiência e menores custos.
Após o pedido de concordata, em maio de 1995, a Papelaria Dux passou a permitir que os franqueados comprassem direto dos fornecedores, sem o seu intermédio.
Outra mudança, diz Aldo Zaghini, diretor-comercial, foi a criação de uma central de negócios em substituição ao depósito central.
"Abolimos o estoque central e agora cada fornecedor entrega a mercadoria direto para o franqueado. Isso diminui custos", diz.
O diretor conta que, no início, fornecedores tentaram reduzir para 28 dias os prazos de pagamento. "Agora a situação já se reverteu."
A rede de fast food Giraffas, de Brasília, partiu para uma ampla reestruturação após a concordata.
O quadro de pessoal diminuiu, a linha de produtos não-rentáveis foi terceirizada e lojas, modernizadas.
"Os franqueados passaram a poder comprar diretamente de fornecedores já determinados, com descontos negociados em rede", diz Carlos Alexandre Vasconcelos Guerra, da CPA, dona da marca há 15 anos.
A recém-concordatária Ocean Tropical já ampliou o prazo de pagamento de 28 dias para 35 dias com diversos fornecedores.
Miguel Sacramento, superintendente da Ocean Tropical, diz que está em estudo a mudança da estrutura interna da empresa, hoje totalmente verticalizada.
"Com os juros atuais, é impossível manter essa estrutura."
A empresa, diz Sacramento, vai passar a produzir em parcerias, terceirizar partes da produção, como malharia, tinturaria e estamparia, e procurar fornecedores estrangeiros, que têm prazos mais longos e juros mais baixos.
Segundo Sacramento, a concordata não está atrapalhando as vendas das duas marcas. "Nossas vendas em dezembro foram 10% maiores que no ano anterior."

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