São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996
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Médicos e ativistas aplaudem volta de Magic

MELCHIADES FILHO
DO ENVIADO A SAN ANTONIO (TEXAS)

No dia 7 de novembro de 1991, Magic Johnson surpreendeu o mundo ao anunciar que era portador do vírus da Aids.
A decisão de abrir seu drama ao público, sem precedentes no showbiz e no esporte na época, foi recebida com entusiasmo, como um marco na luta contra a doença.
No dia 30 de janeiro de 1996, Magic voltou às quadras da NBA. Mais uma vez, foi aplaudido pelos entidades gays e que prestam assistência aos doentes de Aids.
"O retorno de Johnson mostra que o soropositivo não precisa se esconder", disse Daniel Wolfe, porta-voz do principal grupo de assistência aos doentes de Aids nos EUA, a Gay Men's Health Crisis.
O maior centro de tratamento da doença no país, o Pacific Oaks Medical Group em Beverly Hills (Los Angeles), concorda.
Segundo cálculos do instituto, o risco de transmissão do vírus no basquete é de 1 em 85 milhões de contatos corporais na quadra.
A principal pergunta em torno do reaparecimento de Magic é como ele suportará o ritmo da NBA, em que o time campeão faz quase cem partidas por temporada, a metade fora da cidade de seu time.
"Ele tem cuidado muito bem de si. Acho que não terá problemas", afirmou ao jornal "USA Today" o agente do atleta, Lou Rosen.
Nesses quatro anos, Magic parou de ingerir laticínios, cortou doces, tomou a droga AZT e virou um maníaco por musuculação.
Ganhou quase 14 kg -e quase nada de gordura. Está mais parrudo do que no auge de sua carreira.
"Um maratonista ou alguém treinando para a Olimpíada correm mais riscos de adoecer do que um jogador da NBA, teoricamente", declarou John Bartlett, chefe da divisão de doenças contagiosas do hospital John Hopkins, em Baltimore.
(MChF)

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