São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996 |
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Barkley vê pouco risco
MELCHIADES FILHO
(MchF) Folha - O que representa a volta de Magic Johnson? Charles Barkley - Dá à imprensa algo sobre o que falar. E faz do Los Angeles Lakers um time mais forte -não um candidato ao título, no entanto. Folha - Seu time, o Phoenix, enfrenta os Lakers no dia 8. Qual é sua expectativa em rever Magic, após quatro anos? Barkley - É como se fosse um jogo qualquer. É óbvio que preciso respeitar o que ele já fez no esporte. Mas não faço da partida do dia 8 algo tão grande assim. Folha - Você deve marcá-lo, já que ele está jogando na posição de ala-pivô. Você não teme o contato físico com um portador do vírus da Aids? Barkley - A medicina já esclareceu que os riscos de contágio em quadra são pequenos. E quem garante que só Magic é portador do vírus HIV na NBA? Folha - Magic voltará a ser o jogador que era ao se afastar das quadras? Barkley - Não. Ele tem o mesmo coração, mas o basquete demanda mais do que isso do atleta. Ele está meio pesadão, fora de forma. Folha - Ele só é quatro anos mais velho que você. Barkley - E eu também não sou o mesmo jogador de quatro anos atrás. Meus joelhos me matam, minhas costas me matam. Não dá mais para garantir 30 pontos e 15 ou 18 rebotes por jogo. Tento apenas dar ao público um suor honesto. Mas tenho meus "flashbacks". Folha - Como você explica, então, o sucesso do Chicago Bulls, que caminha para bater o recorde de vitórias numa temporada? Ele é liderado por Michael Jordan e Scottie Pippen, que têm mais de 30 anos. Barkley - É ótimo ver Michael de volta, mas os dois também não são os mesmos. Aliás, o Chicago de hoje não é melhor que o time que ganhou o tricampeonato (em 91, 92 e 93). Texto Anterior: NBA supera trauma e já aceita a Aids nas quadras Próximo Texto: Médicos e ativistas aplaudem volta de Magic Índice |
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