São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 1996 |
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Calouros costumam exigir brincadeiras
CÉLIA ALMUDENA
"É uma forma de mudar a mentalidade em relação ao trote. A Campanha do Livro, por exemplo, está superando nossas expectativas", diz José Atílio Vanin, vice-diretor da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular). "A maioria participou da campanha de coleta de alimentos. Mas alguns calouros queriam receber o trote tradicional", diz Tais Tanira Rodrigues, produtora de eventos da Faculdade de Artes Plásticas da Faap. Assim, o corte de cabelos, os rostos pintados e o "pedágio" nos cruzamentos continua. "Não adianta criar trotes alternativos, porque o tradicional vai continuar existindo", acredita Mansour Karmouche, 27, da OAB (MS). Outras brincadeiras estranhas, mas que não comprometem a integridade física dos calouros, persistem. Em alguns campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista) acontece o leilão do bicho. Os veteranos compram os calouros e o dinheiro arrecadado é dividido, 20% para o bicho e 80% para o diretório acadêmico. "Aqui em Jaboticabal teremos uma olimpíada, imitando a do Faustão. É uma maneira de integrar os calouros com brincadeiras", diz Rodrigo Borsari, 23, coordenador do Diretório Central dos Estudantes da Unesp. O reitor da Unesp, Arthur Roquete de Macedo, diz que, embora o trote já tenha status de tradição, "é importante abolir a prática de situações constrangedoras para os calouros". "Infelizmente, ainda ocorrem alguns abusos esporádicos. Procuramos averiguar sempre o fato para aplicar sanções cabíveis aos responsáveis", diz Macedo. (CA) Texto Anterior: Telefone recebe denúncias Próximo Texto: Ciclista dá dicas de segurança no trânsito e fala sobre suas viagens Índice |
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