São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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Criador paulista importa ovos da Namíbia

DA REPORTAGEM LOCAL

A médica Laura Luchini e seu marido, o químico Marco Costa, começaram a criar avestruzes em maio de 95, com 12 animais importados da Itália, onde aprenderam a lidar com as aves.
Para Laura, o mercado mais atraente no momento é o de reprodutores, devido à falta de frigoríficos preparados para o abate.
Por isso, o casal está importando ovos da Namíbia (país do sudoeste africano), que são chocados em sua incubadora, na cidade de Bragança Paulista (SP).
O preço dos ovos importados atinge US$ 500 cada, incluindo frete e impostos.
Eles trouxeram até agora 90 ovos daquele país. Da primeira leva, importada em outubro passado, só restaram nove pintinhos.
Segundo Laura, são altas as taxas de infertilidade dos ovos e de mortalidade entre os animais com até três meses (em torno de 30%).
Por isso, os preços sobem conforme aumenta a idade das aves.
Um pintinho de um mês, por exemplo, é vendido a R$ 1.000. O valor sobe para R$ 2.000 nas aves de dois meses.
Obstáculos são enfrentados por quem deseja investir na criação.
Segundo Laura, faltam técnicos especializados e a genética do avestruz é pouco estudada.
O animal também costuma se assustar facilmente, o que pode causar estresse.
A alimentação da ave precisa ser bem controlada, diz Laura, pois o animal é muito guloso, podendo até morrer por isso.
Teresa Barbanell diz que pequenos agricultores podem se tornar criadores de avestruz.
Um investimento inicial de R$ 5.000, de acordo com Teresa, já viabiliza a criação.
É o suficiente para a aquisição de cercas, um casal de filhotes e ração à base de farelos de milho, soja e trigo e alfafa. A rentabilidade para o criador, diz Teresa, varia entre 50% e 100%.

ONDE SABER MAIS:
Novavis, (011) 7844-3299.

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