São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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Empresa importa 10 mil quilos de plumas

DA REPORTAGEM LOCAL

Além da carne, o avestruz fornece couro de boa qualidade para a fabricação de bolsas, calçados e roupa, e pena e pluma, utilizadas na indústria de informática, de espanadores e no Carnaval.
A Gioconda, do Rio de Janeiro, pretende trazer 10 mil kg de pluma de avestruz da África do Sul este ano, 43% mais que em 95.
O produto é fartamente utilizado no Carnaval e em alguns shows.
A importação da pluma tem crescido a um ritmo acelerado desde 80, quando a Gioconda trouxe para o país 2.000 kg do produto, segundo seu dono, Adrien Eyd Sabbagh.
Ele representa com exclusividade no Brasil os fazendeiros de avestruz sul-africanos.
A empresa é uma das principais importadoras brasileiras de pluma e pena de avestruz.
Um par de sapatos feitos com o couro do avestruz pode custar até US$ 500 na Europa, segundo o dono da Gioconda.
Um metro e meio de couro cru, logo depois de retirado da ave, vale cerca de US$ 160, de acordo com Teresa.
Tratado, o produto sobe para US$ 300 a US$ 500.
Devido a sua oleosidade, o couro do avestruz é macio e resistente à umidade e a rachaduras.
A intenção da Asas Novas é exportar o couro da ave a partir de março do próximo ano.
Para isso, Teresa Barbanell está mantendo contatos com curtumes, a fim de viabilizar o tratamento do couro da ave.
Sabagh duvida da viabilidade comercial da criação de avestruz no Brasil.
"Nos Estados Unidos, os criadores admitem que serão necessários pelo menos 20 anos para se desenvolver tecnologia que torne a criação competitiva", diz Sabbagh.
Entretanto, ele diz que a qualidade da pluma brasileira é que vai determinar se o produto ganhará mercado no país.
As penas de avestruz também são utilizadas na indústria de informática, por causa de sua repelência à eletricidade estática.

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