São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996 |
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Programa abre a USP à terceira idade
FERNANDO ROSSETTI
As inscrições vão até sexta-feira, dia 16, mas o número de vagas por disciplina é muito limitado e a vaga é de quem chegar primeiro. Cada unidade da USP participante do programa (leia quadro) destinou aos idosos entre duas e cinco vagas das disciplinas de graduação universitária que podem interessar a essa população. Ontem mesmo, as duas vagas de Nutrição em Geriatria, da Faculdade de Saúde Pública (FSP), foram ocupadas. As outras disciplinas mais concorridas desde a inauguração do programa, em 93, são do Instituto de Psicologia (IP). O livreto com todos os dados de cursos e vagas disponíveis pode ser obtido gratuitamente no Posto de Informações da USP, na rotatória da entrada principal da Cidade Universitária (zona oeste). Todos os cursos também são gratuitos. Depois de consultar o livreto, é melhor buscar os departamentos por telefone do que ficar rodando o campus, correndo o risco de não encontrar a vaga desejada. Prepare-se: ontem as linhas já estavam ocupadas a maior parte do tempo. Embora este ano a oferta de vagas para atividades no programa tenha aumentado -de mil, em 95, para 1.500-, "em questão de disciplinas de graduação, infelizmente, o número de vagas diminuiu", afirma o coordenador do Universidade Aberta à Terceira Idade, Cécil Braga e Chaves, 47. Algumas faculdades tiraram cursos do programa, como a ECA (Escola de Comunicações e Artes). A FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), um dos institutos que, em geral, têm vagas ociosas, não está oferecendo uma única disciplina. Além dos cursos de graduação -onde os mais velhos se misturam com calouros- há atividades específicas para a terceira idade. Exemplo disso são as aulas semanais dos cursos "Lazer com arte", "Oficina de criatividade", "Concertos didáticos", cursos de línguas e um fórum de debates. O Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) também oferece aulas de ginástica. Segundo o coordenador do programa, "ainda não há parâmetros" para avaliar o desempenho dessa experiência. "Como não há obrigatoriedade de nada, há casos em que a pessoa vai em março e, depois, só volta em maio", diz. Mas, no ano passado, uma aluna de terceira idade conseguiu publicar em Genebra, na Suíça, um trabalho feito em uma disciplina de psicologia. Texto Anterior: Favela volta à rotina com fim das gravações Próximo Texto: Social-democracia no Brasil é tema de estudo Índice |
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