São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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Juiz propõe dividir tarefa

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nélson Aparecido Sônego, 32, o juiz com maior média de cartões vermelhos por jogo no Paulista (três por partida), acha que um só árbitro no gramado é pouco.
"Com dois juízes, você pode ficar mais perto da jogada", afirmou, em entrevista à Folha, por telefone.
A experiência será realizada no amistoso que o Corinthians disputa hoje contra um selecionado do Vale do Paraíba.
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Folha - Você acha que o nível da arbitragem no Paulista melhorou em relação aos outros anos?
Nélson Sônego - Acho. Seguimos a orientação da Federação Paulista de Futebol, que pediu maior rigor, com o objetivo de preservar o bom jogador.
Folha - A reposição de bola em tiros de meta e cobranças de faltas está lenta. Neste ponto, o trabalho de vocês não está falho?
Sônego - Em relação ao tiro de meta, sinto que houve uma melhora. Quanto às cobranças de faltas, concordo com você. Temos que melhorar neste aspecto.
Folha - Como você explica o aumento no número de expulsões: só pelo maior rigor dos juízes?
Sônego - Não, acho que também pela falta de consciência do atleta, pela falta de profissionalismo.
Nós queremos que a bola corra mais, mas eles não têm a mesma vontade.
Folha - Como você analisa a atuação de Márcio Rezende de Freitas na decisão do Brasileiro-95?
Sônego - É um colega, prefiro não comentar.
Na minha opinião, a polêmica faz e deve fazer parte do futebol. Futebol também é aquele velho papo de boteco, aquelas discussões que se estendem por semanas...
Folha - E a idéia de dois juízes no gramado?
Sônego - É ótima, até porque alguns árbitros não têm bom preparo físico.
Com dois juízes, você tem meio-campo e pode ficar mais perto da jogada.

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