São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996
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Novo programa limita uso de carro a álcool

MÁRCIO DE MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Luiz Paulo Velloso Lucas, deu ontem as linhas gerais do novo Proálcool, que o governo acredita ser a saída para a salvação do programa.
A idéia, segundo Velloso Lucas, é "especializar" -termo utilizado pelo secretário e que, na verdade, significa restringir o uso da frota de carros a álcool combustível (hidratado) às regiões próximas das usinas produtoras, como Ribeirão Preto ou o interior de Pernambuco.
Pela idéia do governo, as usinas, que hoje concentram suas atividades na produção de álcool hidratado, ficariam quase restritas à fabricação do álcool anidro, destinado à mistura de 22% à gasolina.
"A medida é difícil, mas medidas fáceis os outros já adotaram e não deram certo", disse Lucas.
A Folha apurou que, entre outras coisas, a alteração na rota do programa permitiria a suspensão da importação do metanol e de outros tipos de álcool hidratado (de milho ou de uva), cujo papel é suprir a falta de produção interna.
Isso melhoraria a situação da balança comercial.
A indústria sucro-alcooleira também aprova a medida, pois vê a nova orientação como um grande incentivo à exportação de anidro.
Países como EUA e França se interessam cada vez mais pela mistura de gasolina ao álcool anidro, menos poluente.
Liberação
O governo anunciou ontem o início da liberação dos preços dos combustíveis, que deverá estar concluída ainda neste ano. O primeiro combustível a ter o preço liberado é o querosene de aviação para uso nos vôos internacionais.

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