São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 1996
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Cinema europeu tem discussão

LEON CAKOFF
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BUDAPESTE

A união européia não teve consenso sobre o futuro do seu cinema no encontro que correu paralelo à 27ª Semana do Cinema Húngaro, que aconteceu de 9 a 13 deste mês em Budapeste.
O encontro, presidido por Wim Wenders, como dirigente da Academia Européia de Cinema, discutiu o futuro do prêmio Felix, que não estaria servindo para promover os talentos europeus com sua premiação anual.
Segundo o cineasta Jacques Poitrenaud, o único país a comemorar resultado diante da presença do cinema americano na Europa continua sendo a França, onde um a cada três ingressos vendidos é para se ver filmes franceses e onde se registrou em 95 um aumento de cinco milhões de espectadores.
Já Wim Wenders deu na cerimônia inaugural da 27ª Semana do Cinema Húngaro um conselho paternalista que ele não segue como cineasta alemão: pediu para os cineastas húngaros continuarem a filmar em húngaro como melhor forma de resistência cultural ao cinema americano.
Sem anunciar nenhum acordo, o encontro dos representantes do cinema europeu em Budapeste colocou em pauta o fim do prêmio Felix e a sua substituição por um novo festival, a ser realizado anualmente em novembro na cidade francesa de Strasbourg, idéia defendida por Pierre-Henri Deleau.
Outra corrente defende a criação de um novo festival anual, em janeiro, sediado em Paris, voltado ao público infantil, onde também poderiam ser premiados os melhores do cinema europeu a cada temporada.
(LC)

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