São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996
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Parlamentares faltam à sessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os parlamentares foram os mais ausentes da sessão solene de ontem que instalou o ano legislativo de 96 e recebeu a mensagem do presidente Fernando Henrique Cardoso com o balanço do primeiro ano do seu governo. As reformas foram o tema dominante dos debates.
O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), que presidiu a sessão, fez um discurso reforçando a autonomia do Legislativo em relação ao Executivo. E fez cobranças ao governo federal.
"Esperamos que o mais cedo possível se resolva o problema dos juros, a crise dos Estados e municípios, o problema cambial e as desigualdades regionais", afirmou.
Menos de 50 parlamentares (nem 10% dos 513 deputados e 81 senadores) assistiram à sessão. Em compensação, 18 ministros estavam presentes.
Entre os que faltaram, as ausências mais notadas foram as de Pedro Malan (Fazenda), Nelson Jobim (Justiça) e Dorothea Werneck (Indústria e Comércio).
Os mais assediados pelos parlamentares foram José Serra (Planejamento), Sérgio Motta (Comunicações), Reinhold Stephanes (Previdência) e Bresser Pereira (Administração).
O vice-presidente Marco Maciel, também presente, afirmou que o governo espera a aprovação das reformas constitucionais administrativa, tributária e previdenciária pelo Congresso até o fim do primeiro semestre.
O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), acredita que vai conseguir atender o governo. Pelos seus cálculos, a Câmara aprova as emendas até "meados de abril". Sarney previu que o Senado conclui até junho.
Os três afirmaram não acreditar que o clima eleitoral atrapalhe o andamento dos trabalhos.
Sarney fez questão de destacar a participação do Congresso nas medidas que FHC citou como conquistas do seu governo: o Plano Real e as reformas constitucionais.

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