São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996 |
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'Bola parada' responde por 21,5% dos gols do Paulista
VALMIR STORTI
Em comparação com o campeonato do ano passado, nas cinco primeiras rodadas do Paulista-96 foram marcados 32,7% mais gols em cobranças de faltas, escanteios ou pênaltis. Se comparado com o campeonato de 94, o salto é de 73,4%. Neste ano, dessas cobranças saíram 26 (21,5%) dos 121 gols marcados no Paulista, enquanto em 95 foram feitos 17 gols dessa forma, 16,2% dos 105 gols das cinco primeiras rodadas. A pontaria dos jogadores nessas cobranças tem sido fundamental para esse crescimento, já que, em números absolutos, estão ocorrendo menos infrações. Em 96 foram marcados 11 gols de pênalti, enquanto em 95 foram feitos 15, assim como o número de faltas também caiu, passando de 50 por partida de 95 para 46 neste ano. O artilheiro do Paulista, o corintiano Marcelinho, é o melhor exemplo de que a pontaria dos artilheiros nas jogadas de bola parada tem sido o determinante para essa evolução. Em 17 jogos do Campeonato Brasileiro de 95, Marcelinho fez apenas dois gols de bola parada, sendo um de falta e um de pênalti, e, em apenas cinco jogos deste Paulista, já fez três de falta e um "olímpico"(escanteio). No entanto, o aproveitamento geral das finalizações de Marcelinho nos dois torneios é idêntico. Acertava 42,5% dos chutes que dava ao gol no Brasileiro, terminado em dezembro último, e agora está acertando 41%. Sua marca está distante ainda do aproveitamento conseguido no Paulista-95, quando 62% de seus chutes eram aproveitáveis. Naquele campeonato, Marcelinho chutava 5,5 chutes por jogo e agora está chutando 17 vezes em um jogo. A atual precisão nas cobranças levou Marcelinho a inverter uma lógica do futebol relativa a cobranças de faltas e pênaltis. "Eu prefiro bater faltas a pênaltis", afirmou. Além dos 26 gols feitos em cobranças diretas, mais 12 gols foram marcados a partir desse tipo de jogada, só que foram concluídos por outro jogador, que não o cobrador. No total, foram cinco cruzamentos originados em cobranças de faltas e sete marcados depois de cobrança de escanteio, o que eleva para 31,4% os gols ocorridos a partir dessas cobranças. Texto Anterior: Bananas! Próximo Texto: São Paulo terá Adidas como nova fornecedora de material esportivo Índice |
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