São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996
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Ziuganov adapta o discurso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O candidato do Partido Comunista à eleição presidencial russa, Guennadi Ziuganov, tem "duas caras", dizem os liberais do país.
Uma para os investidores estrangeiros, "privatizante", e outra para os trabalhadores russos, a quem promete maior controle da economia, dizem seus opositores.
Ziuganov nasceu no dia 26 de junho de 1944 em Oriol, ao sul de Moscou, e seguiu o caminho comum dentro da antiga política soviética, do komsomol (grupo de juventude) ao Comitê Central.
Formado em química e matemática, deu aulas durante alguns anos na universidade local.
Ziuganov diz que considera Mikhail Gorbatchov, responsável pela abertura da ex-URSS, um "traidor" e admite que um artigo seu serviu de base ideológica para a tentativa de golpe de 1991 no país.
Na levante do Parlamento contra Ieltsin, em 1993, teve um papel moderado e conseguiu que o PC continuasse na legalidade.
Ziuganov é tido como pouco carismático, mas o PC tem forte organização no país. Ele diz que hoje não há lugar para a União Soviética, porém o programa do partido pede uma reunião voluntária dos ex-membros da URSS. O partido prega ainda maior controle sobre a indústria, preços subsidiados e ajuda a empresas nacionais.

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