São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996
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Escândalo marcou instituto

DA REDAÇÃO

O IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas) ganhou notoriedade no final dos anos 80 em função de um escândalo financeiro, revelado pela Folha em abril de 1989.
Em 1987, o IPC comprou Títulos da Dívida Agrária, que foram vendidos no mesmo ano a um preço 20% menor. No ano seguinte, o instituto comprou obrigações da Eletrobrás por um preço 475% superior ao valor de mercado dos papéis, segundo laudos fornecidos pelo próprio instituto.
Em dezembro de 1988, o IPC gastou cerca de US$ 10 milhões na compra de debêntures de uma empresa que construía casas de veraneio em Búzios (RJ), por um preço 221% superior ao valor dos papéis.
Essas operações foram descobertas após o fim da gestão de Gustavo de Faria, em março de 1989. Em junho, a Câmara decidiu abrir um processo para investigar a gestão do deputado no IPC.
Gustavo de Faria renunciou ao mandato em abril de 1990, antes que sua cassação fosse votada pelo plenário da Câmara.

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