São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996 |
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Defesa do álcool ajuda o Brasil
DANIELA FALCÃO
O parágrafo dez, que trata do uso sustentável de energia nas cidades, condena o uso de chumbo como aditivo porque ele é a principal fonte de poluição do ar. A delegação do Brasil trabalhou nos bastidores durante toda a semana para que o álcool fosse citado como a melhor alternativa ao chumbo e terminou conseguindo a aprovação por unanimidade. Para o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), a inclusão do álcool é importante porque o Brasil é o país que tem mais experiência no uso do metanol como aditivo da gasolina. "Quando o Plano de Ação for assinado em Istambul, os países signatários terão que abolir aos poucos o chumbo e o Brasil terá chances de exportar a tecnologia já desenvolvida", disse. Pannunzio e o deputado Nedson Micheleti (PT-PR) são membros da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior da Câmara dos Deputados e da delegação oficial do Brasil no Prepcom. Eles admitem que o Brasil ainda engatinha em política habitacional. Mas acreditam que o Habitat 2 poderá contribuir para que o artigo 182 da Constituição (que trata do assunto) seja finalmente regulamentado. "O Estatuto da Cidade (conjunto de leis que regulamentará o artigo 182) está parado na Câmara desde 90 por causa do lobby do setor imobiliário. A Comissão está lutando para que ele passe a ser prioritário e entre logo em votação. O Habitat só ajudará a fazer pressão", disse Micheleti. (DF) Texto Anterior: Delegação muda de posição Próximo Texto: Matrícula da segunda lista é no dia 22 Índice |
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