São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996 |
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Delegação muda de posição
DANIELA FALCÃO
Até anteontem, a delegação brasileira era contra a inclusão da expressão no texto, defendendo que ela fosse substituída por direito de "acesso à moradia" -posição defendida pela União Européia, Japão e EUA. Ontem, o Brasil propôs que o direito à moradia fosse colocado no Plano de Ação, mas com uma ressalva. A responsabilidade por garantir esse direito deve ser do governo local, setor privado e sociedade civil. E deve ser implantado progressivamente. A proposta brasileira foi acatada pela União Européia, mas EUA e Japão continuaram irredutíveis e os dois parágrafos que tratam do assunto terminaram ficando em aberto até Istambul. EUA e Japão temem que, se a garantia de moradia for considerada um dever do Estado, a população de seus países possa recorrer à Justiça para garantir que os governos forneçam moradia a todos. As ONGs, inclusive as brasileiras, eram as maiores defensoras da inclusão do direito à moradia. Elas queriam que o termo fosse colocado no texto como uma responsabilidade do Estado. (DF) Texto Anterior: Encontro não resolve pontos polêmicos Próximo Texto: Defesa do álcool ajuda o Brasil Índice |
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