São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996 |
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Aliança Metalúrgica contrata mais 25 Poucos candidatos sabem da liminar SUZANA BARELLI
Anteontem, a empresa já havia anunciado a contratação de dez pessoas, por oito meses. Paulo José Lucia, principal executivo da empresa, diz que 17 pessoas já estão trabalhando na metalúrgica, com um salário mensal médio de R$ 350,00. "Vamos continuar contratando e negociando para que o contrato torne-se legal", afirma Lucia, que ontem foi a Brasília participar da entrega de cópia do acordo ao ministro Paulo Paiva. Segundo Lucia, a idéia é chegar "rapidamente" às 85 contratações anunciadas. Ontem, a Aliança continuou normalmente o processo de seleção. Pela manhã, 22 pessoas participaram do teste: um exame psicotécnico e uma redação com o tema "Como eu sou". Poucos dos candidatos sabiam da liminar da Justiça, concedida anteontem, e não estavam preocupados com a possibilidade de perder o emprego. "Todo mundo diz que é contra esse contrato, mas se o presidente da empresa falou que vai contratar, eu acho que dá para confiar", diz Francisco de Assis da Silva, 32, que, com a mulher também desempregada, tentar sustentar com "bicos" seus dois filhos. Maria Aparecida de Souza, 37, desempregada há cinco meses, diz que não está entendendo nada. "A empresa está sendo corajosa e vai dar emprego para a gente." Desempregado há um ano, Jamilton Rodrigues da Silva, 27, chegou ontem, às 7h30, na porta da Aliança. Jamilton conta que "ouviu falar" que a Justiça havia considerado o contrato ilegal, mas não ficou preocupado. "Eu acredito no dono da empresa." Ele também não está preocupado com a redução dos direitos sociais. "É melhor do que ficar parado." A empresa selecionou 108 pessoas para as 85 vagas. "Nosso maior problema é que os candidatos têm pouca qualificação", afirma Maria Goreti dos Ramos, responsável pela seleção. Texto Anterior: Simonsen diz que lei deve vir primeiro Próximo Texto: Mercedes demite 200 da fábrica de Campinas Índice |
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