São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
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Fabricar brinquedos exige muita criatividade
NELSON ROCCO
A produção pode começar de forma artesanal. Marceneiros e artesãos aconselham fazer contatos com escolas e lojas de brinquedos para vender os produtos. Betty Lane Sonin, 38, faz brinquedos educativos de madeira em sua microempresa, a Meladinho. Ela diz que sua linha de produtos tem 20 itens. A produção mensal é de cerca de 500 peças. A de menor preço é o pula-corda, que sai por R$ 2,00. A escrivaninha com cadeira, o item mais caro, custa R$ 40,00. A Meladinho existe há dez anos e, segundo Betty, o faturamento é de R$ 10 mil por mês, com uma rentabilidade líquida de 15%. Para quem pretende começar, é necessário investir em equipamentos como serra, lixadeira, furadeira e pistola de pintura, sem contar as ferramentas pequenas, como martelo, formão etc. Para esses instrumentos devem ser reservados cerca de R$ 10 mil. Maurício Pereira, 32, e o sócio Marcelo Jabu, investiram entre US$ 65 mil e US$ 70 mil para abrir a Madeeeira Marcenaria há dois anos. Pereira conta que os itens são divididos em duas linhas -a de brinquedos e a de jogos. "Os brinquedos são de maior porte, como gangorras, escorregadores e playgrounds. São projetos desenvolvidos para condomínios, escolas ou casas", afirma. A linha de jogos são de tabuleiro, peteleco e pedobol. O faturamento da marcenaria é de cerca de R$ 35 mil mensais. Segundo Pereira, 40% desse total vêm dos brinquedos e o restante da fabricação de móveis. A margem de lucro ideal, diz, é de 30%, que não está sendo atingida. O artesão Jorge Fernandes Santos, 47, vende sua produção de brinquedos de madeira articulados -como cobras e dinossauros- em feiras e direto ao cliente. Há 15 anos no ramo, ele diz que o faturamento é instável. Trabalha em casa e usa refugo de madeira. Texto Anterior: Techno System faz casas em 48 horas Próximo Texto: Físico trocou universidade por produção em seu ateliê Índice |
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