São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996
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Bares criam estratégias no Carnaval

NELSON ROCCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Bar e restaurante sempre foram um bom negócio. Nesta época do ano, quando o movimento enfraquece, vale tudo para atrair clientes e conseguir segurar o caixa.
A Cervejaria Paulista, do Tatuapé (zona leste de São Paulo), aberta neste Carnaval, está transmitindo os desfiles das escolas de samba em telões e TVs.
Mesmo com esse atrativo, a casa espera faturar 50% menos do que em finais de semana normais.
Carlos Warzee Júnior, 35, sócio da Cervejaria Paulista, prevê receber metade das cerca de 2.000 pessoas que frequentam a casa durante o sábado e o domingo.
Para atrair público, Warzee diz que houve alteração no cardápio. "Vamos oferecer uma canja de galinha para as pessoas que quiserem cortar os efeitos do álcool."
O Beverly Hills Bar & Grill, em Moema (zona sul), programou uma festa embalada por decoração e músicas carnavalescas para incrementar o movimento.
Denise Mattar, 57, diretora do bar, diz que os quatro garçons-atores contratados pela casa fariam apresentações durante os intervalos da música.
"Há, também, um concurso entre os clientes. Os melhores foliões ganham um drinque." Denise não tem idéia do público que irá receber, já que é o primeiro Carnaval em que a casa funciona.
O Café Cancún, nos Jardins (zona oeste), funcionou normalmente sábado. Abre também hoje e fecha segunda e terça.
Luiz Henrique Marcondes, 35, dono, concentrou os esforços na filial da casa em Campinas (99 km a Noroeste de SP), onde está programado o Carnaval do Caribe.
"Nossa festa será animada por rumbas e macarenas para quem quer dançar", diz.
A casa criou um drinque para a festa -o Cascoron- e espera cerca de 300 pessoas por dia.
O Café Cancún investiu R$ 7.000 na realização do evento e estima faturar cerca de R$ 30 por frequentador.

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