São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996
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Dono de lavanderia acusa a CBF de 'calote'

MARCELO DAMATO; MÁRIO MAGALHÃES
DOS ENVIADOS A TANDIL

A seleção brasileira ganhou um inesperado inimigo. Eduardo de Luca, 36, dono de uma lavanderia de Tandil acusa a CBF de lhe dever mil pesos (R$ 985,00) por serviços prestados nos Jogos Pan-americanos, no ano passado.
Naquela competição, a seleção também disputou a primeira fase em Tandil. As finais, assim como será no Pré, foram em Mar del Plata, a 162 km de distância.
"Trabalhei para eles durante mais de uma semana. Foram cerca de 40 kg de roupa por dia. Ia três vezes por dia à concentração pegar e levar roupa. Não recebi um centavo até agora", diz o microempresário De Luca.
Ele acrescentou que conversou com o administrador da seleção pré-olímpica, Carlos Alberto da Luz, mas que não teve seu pedido atendido.
"Ele me disse que a CBF do ano passado não era a mesma de agora."
"Foi uma surpresa. Só fiquei sabendo disso aqui. Ele deveria ter enviado uma cópia dos recibos à CBF, no Rio. Ele iria receber na certa. Aliás, eu nem sei se ele tem os recibos."
Antes da partida, ele já definia a quem iria dar apoio. "É lógico que vou torcer pelos peruanos, pois são eles que me pagam. Pelo menos, espero que me paguem."
Com o filho, Javier, 3, De Luca disse que verá todos os jogos do Pré-Olímpico em Tandil. "É melhor do que ver os jogos da liga municipal."
(MD e MM)

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