São Paulo, terça-feira, 20 de fevereiro de 1996 |
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País deve perder R$ 250 milhões em soja
DA REDAÇÃO As perdas durante a colheita da safra de soja devem chegar a 1,5 milhão de toneladas de grãos, segundo cálculos do Centro Nacional de Pesquisa da Soja (CNPSo), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).O desperdício, causado principalmente pela má regulagem das colheitadeiras, representa um prejuízo de cerca de R$ 250 milhões. Para Nilton Pereira da Costa, pesquisador do CNPSo, unidade da Embrapa em Londrina (PR), a média nacional de perda na colheita chega a duas sacas por hectare, número alto se comparado com os dos EUA, onde a perda é de apenas uma saca por hectare . No Brasil, onde se perde menos soja é no Paraná. A média de desperdício é de 1,7 sacas por ha. A Embrapa pretende realizar nesta safra uma campanha nacional para reduzir o desperdício, por meio da realização de cursos, treinamentos e dias de campo. Serão distribuídos 20 mil copos volumétricos, que permitem ao agricultor avaliar as deficiências durante a colheita, seja pela condução incorreta da máquina e problemas mecânicos. Os técnicos da Embrapa apontam a má regulagem das colheitadeiras e a velocidade incorreta da máquina durante a colheita como principais causas de perdas. Também quando as máquinas são reguladas para uma velocidade média entre 4 e 5 km/h e o molinete é ajustado para trabalhar em velocidade proporcional, quase não há perdas. O manejo inadequado das lavouras também causa desperdício. Durante o preparo do solo, o produtor deve evitar desníveis no terreno, que causam oscilações nas lâminas de corte da colheitadeira. Outra prática recomendada é a diversificação de variedades, com plantio em épocas diferentes, o que permite a utilização mais racional das colheitadeiras, além de diminuir os riscos de a lavoura ser afetada por problemas climáticos. O espaçamento adequado entre as plantas também facilita a operação de colheita, diminuindo a incidência de ervas daninhas, que costumam entupir as máquinas. A adubação correta é outro fator que contribui para se reduzir perdas. Quando a fertilidade é baixa, a altura das plantas é menor, dificultando a colheita das primeiras vagens. ONDE SABER MAIS: Embrapa/CNPSo, tel. (043) 371-6061. Texto Anterior: Umidade em SP favorece proliferação de doenças Próximo Texto: Embrapa pesquisa cultivo sem venenos Índice |
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